quarta-feira, 5 de julho de 2017

O amor sabe bem no silêncio. Sem festas, purpurinas ou espectadores. O amor sabe bem quando é no quentinho do que somos   com alguém que vivemos. Aleatórios ao que não é preciso. Saborosos o suficiente para saber onde está a doçura. Nos momentos que ninguém irá descobrir por nós. Nas alturas em que o céu deixa de ser uma fronteira. Pergunto tantas vezes onde anda o amor no silêncio. Porque é que toda a gente faz barulho. Quem pensa nos gritos de amor que daríamos sem falar.  Hoje pensei nos dias em que beijamos o mar salgado nos lábios de alguém. E nos descobrimos tão doces. No arrepio que provoca a vibração de ser de alguém. E nos sentimos tão fortes. Hoje provei do silêncio mais bonito do mundo. Amar o que não se vê é a maior dádiva do mundo.

Onde está o amor no silêncio sem purpurinas, festa ou espectadores?

3 comentários:

  1. O melhor guardamos para nós, porque por ser tão nosso não precisa de público. Acredito que quando estamos bem connosco e com o outro, quando estamos seguros daquilo que partilhamos não são necessárias demonstrações para terceiros.

    Adorei o texto, faz-nos pensar!

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  2. Anda algures por aí à espera que alguém o faça crescer como outrora já se viu morrer com o tempo. Mas a verdade é que nos tempo que correm, torna-se impossível não existir a conjugação de um amor silencioso mutuamente com um amor cheio de apetrechos e festa pelo meio. O amor hoje em dia, faz-se assim mesmo, na alternância entre os dois conceitos. Não sei qual deles gosto mais, mas desconfio da minha respectiva, sendo eu romântica dos pés à cabeça, sem ficar cabelo algum de fora. Talvez também seja boa esta mistura. Temos de saber encontrar a essência genuína de ambas as partes e tudo se tornará um todo.

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    1. É precisamente esse tempo inicial de que me falaste. A tua resposta também me deixou a pensar, talvez um misto sim. Mas mais, para mim, o que se vive no silêncio. Obrigada por seres assim genuína.

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